Sentimento de incapacidade e desvalorização
“Eu não consigo!” É a frase que muitas pessoas pensam ou mesmo verbalizam para os outros. Arrumar um novo emprego, mudar de profissão, estabelecer metas, falar em público, arrumar um(a) namorado(a), são alguns exemplos, situações de vida que muitos evitam, não enfrentam, por cultivarem um sentimento de incapacidade e desvalorização. Com isso, obviamente, perdem grandes oportunidades em suas vidas.
É oportuno esclarecer aqui a diferença de se sentir onipotente, impotente e potente.
Onipotente: é a pessoa que se sente “O rei da cocada preta”, acha que pode tudo, não respeita suas limitações e acaba, muitas vezes, perdendo o senso de realidade.
Exemplo: Dirige embriagado, pois acha que o álcool não compromete os seus reflexos e, o pior, coloca em risco a própria vida e dos outros.
Impotente: é o oposto, acha que não é capaz, que não consegue – sem ao menos tentar -, pois se sente incapaz, não se valoriza. Essa pessoa cultiva o vitimismo, sentimento de incapacidade, desvalor e autopiedade, tendo pena e até mesmo raiva de si mesmo por achar que não é capaz.
Potente: é a pessoa que tem um contato amplo com a realidade, sabe de suas limitações e possibilidades, ou seja, do que é capaz. Busca estabelecer e cumprir metas em sua vida e, se não consegue, é flexível, tem a humildade de rever e identificar possíveis erros e corrigi-los.
A proposta da TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) – A Terapia do Mentor Espiritual é convidar o paciente a se ver e se sentir potente – não onipotente e muito menos impotente.
Veja o caso de uma paciente que se desvalorizava, sentindo-se incapaz, impotente diante das adversidades da vida.
Caso Clínico:
Sentimento de incapacidade e desvalorização.
Mulher de 30 anos, solteira.
A paciente veio a essa terapia, a TRE, buscando respostas às suas indagações: 1) Por que me desvalorizo e me sinto incapaz, diante das adversidades da vida?
2) Por que depois que me separei de meu primeiro e único namorado, não me interessei mais por nenhum homem?
3) Vou encontrar o meu verdadeiro companheiro?
4) Por que não concluo o que começo, desisto?
5) Qual o meu verdadeiro propósito, missão de vida?
6) Qual é o meu verdadeiro caminho profissional e espiritual?
Após passar por três sessões de regressão, na quarta sessão, ela me disse: “Sinto uma presença espiritual de meu lado direito... Diz que é o meu mentor espiritual”.
- Pergunte-lhe se hoje é o momento para você conversar com ele?
“Diz que sim”.
- O que ele tem para lhe dizer? (pausa).
(Paciente incorpora o seu mentor espiritual)
“Olá Doutor!
Foi muito difícil trazê-la a essa terapia. Ela é muito teimosa. Mas conseguimos trazê-la.
Ela não aceita o caminho dela. Hoje, tudo o que posso lhe dizer é que ela deve continuar com essa terapia, a TRE. Diga-lhe que precisa ter paciência, pois ela é muito imediatista.
Fale para ela continuar com as sessões, pois em algum momento dessa terapia, ela terá suas respostas. Até o presente momento, tem sido satisfatório.
Ainda não posso dizer o meu nome, mas sou um dos mentores espirituais dela. Ela tem alguns mentores espirituais em razão de sua mediunidade”. (pausa).
- Mais algo que o senhor gostaria de dizer? – Pergunto-lhe.
“Hoje era isso que precisava ser dito. Mas o simples fato de ter me manifestado nesta sessão, já vai dizer algo para ela”.
Na quinta sessão, a paciente me relatou: “Vejo um ser espiritual, é um homem. Usa bata clara e um turbante na cabeça e tem uma barba comprida”
- O que ele passa para você?
“Paz, alegria, estou muito feliz de vê-lo. Ele me diz que, hoje, me deixou vê-lo. Fala que é o mentor espiritual, que veio na sessão passada, e que seu nome é Abúdi”.
- Pergunte-lhe se pode te revelar de onde vem seu sentimento de incapacidade e desvalorização?
“Fala que venho várias vidas passando por situações, que nutrem esses sentimentos. Revela que passei por muitas situações de pessoas que me abusaram física e psicologicamente, mas que tive que passar por essas experiências abusivas para desenvolver a humildade.
Diz que, em várias vidas, eu me achava a “rainha do universo”. Mas afirma que na vida atual não é mais necessário passar por essas situações porque a depuração já foi feita. Diz ainda que tenho que me desprender desse sentimento de incapacidade.
Ele me recomenda praticar meditação e controlar os meus pensamentos, com a técnica que aprendi (paciente fez terapia comportamental cognitiva com uma psicóloga que a ensinou a filtrar e focar os pensamentos negativos, identificando-os se são verdadeiros ou não).
Disse que, hoje, era isso que ele precisava me dizer e que aos poucos vai me dizendo o que preciso saber, mas que já estou percebendo isso. Pediu para dizer ao senhor que na sessão de hoje eu estava com medo do que ia ser revelado”.
- Pergunte ao seu mentor espiritual por que apesar de ser uma médium você duvida tanto?
“Ele ri e fala que apesar deles me darem provas o tempo todo, eu não acredito na espiritualidade. Mas esclarece que já percebi isso. Ontem à noite, quando estava orando, veio em pensamento que na sessão de hoje iria me ser revelado algumas coisas e fiquei apreensiva, não consegui dormir direito”.
- O que ele tem a lhe dizer de sua fé?
“Diz que a minha fé oscila de acordo com os problemas que aparecem – uma hora acredito na espiritualidade; outra hora, não acredito em nada. Fala que só acredito naquilo que me é conveniente. Esclarece que essa oscilação vem de meu espírito que passou por muitas provações. Mas me recorda que já passei por situações em que eu estava muito bem e pensava: - Isso só pode ser a mão de Deus para estar tão bem assim!
Então, ele faz questão de me dizer que essas oscilações são decorrentes de minha caminhada, como espírito em evolução. Ou seja, tenho que acreditar que Deus existe, não importa a minha situação de vida. Esclarece que a minha lição de vida principal que preciso aprender é a caridade”.
- Que tipo de caridade?
“Diz que vim nesta encarnação para servir, praticar a caridade do amor. Por isso, quando ajudo alguém me sinto feliz. A caridade fortalece a minha fé. Revela que as únicas vidas que eu servi, não aguentei, eu fugi, acabei desistindo.
Diz ainda que tenho que ter em mente, que nem tudo vai acontecer do jeito que quero, mas tudo vai acontecer para o meu melhor, para o meu espírito evoluir. Finaliza dizendo que hoje ele se apresentou fisicamente a mim, embora ele ressalte que vem conversando comigo em pensamento, no meu dia-a-dia. Por isso, pede para ficar mais atenta em meus pensamentos”.
Na sexta e última sessão, ela me relatou: “Tem um ser espiritual comigo me dando as mãos... É uma mulher, que têm cabelos escuros e cacheados. Já sonhei com ela. Ela é jovem, deve ter uns 30 anos e está de mãos dadas comigo”.
- Pergunte quem é ela?
“Diz que já foi minha irmã, numa existência passada. Nossa! Sinto saudade dela (fala chorando). Ela me diz que também sente saudade de mim. Fala que é também a minha mentora espiritual. Fala ainda: - Irmã, você não precisa sofrer mais, as coisas vão se resolver. Tenha paciência! Você já encontrou o seu caminho profissional, que é a defensoria pública (paciente havia me dito que irá prestar concurso público para ser defensora pública).
Você pode ajudar muitas pessoas por meio dessa profissão. Quanto ao seu lado afetivo, existe o homem certo para você, mas ainda não apareceu em sua vida porque primeiro você precisa resolver outras questões, como essas que está resolvendo nessa terapia.
Precisa se encontrar primeiro, antes de encontrar o seu verdadeiro amor. Estou orgulhosa do caminho que você está trilhando, que é ajudar o próximo. Você mudou muito para melhor, logo vai ter uma boa surpresa”.
- Que surpresa?
“Diz que não conta porque se contar, não será mais uma surpresa. Diz ainda: - Seu futuro companheiro é um homem bom, totalmente diferente de seu primeiro e único namorado. Vocês já viveram juntos numa vida passada. Por isso, vai ser um reencontro e vai acontecer quanto menos você esperar”.
- Pergunte à sua mentora espiritual por que depois que você se separou de seu ex-namorado não se interessou mais por nenhum homem?
“Fala que fiquei muito magoada, machucada, e que ergui uma parede. Por isso, não me envolvi com mais ninguém, não me permiti mais amar e ser amada. Afirma que vou encontrar o meu verdadeiro companheiro, mas na hora certa. Esclarece que eu não precisava ter me envolvido com o meu ex-namorado”.
- Não foi um relacionamento cármico entre vocês?
“Diz que não, a gente já tinha vivido numa outra vida, não devíamos nada um para o outro. Mas, hoje, depois desse relacionamento, quase a gente terminou devendo um para o outro.
Fala que sou cabeça dura, que eles tentaram me mostrar, várias vezes, que não deveria ter me relacionado com o meu ex-namorado. Mas ela me assegura que o meu próximo relacionamento, vou me surpreender porque vai ser o oposto de meu ex-namorado.
Mas, no momento, ainda não estou preparada para esse novo companheiro porque não iria me sentir merecedora, pois ele vai me amar muito. Revela também, que vou ter com ele filhos, e que serei uma ótima mãe. Ela me parabeniza por estar concluindo essa terapia, pois sabe que tenho o hábito de não concluir o que começo. Já fiz aula de inglês, dança flamenco, são alguns exemplos, não concluo nada.
Diz que esse hábito vem da falta de disciplina, persistência e é agravada pelo meu sentimento de incapacidade porque quando surge uma dificuldade já desisto, largo o que estava fazendo. Faz questão de me ressaltar, que tudo que faço com disciplina dá certo, alcanço os meus objetivos”.
Na sexta e última sessão, a paciente me disse: “Sinto uma presença atrás de mim”.
- Pergunte quem está presente?
“Disse que é o meu mentor espiritual, o Abúdi. Eu quero lhe perguntar por que vim desde criança com essa mediunidade de incorporação?
Ele diz que escolhi vir nessa encarnação com a mediunidade aflorada para desenvolver a minha fé”.
- Pergunte-lhe se você veio também com essa mediunidade aflorada para ajudar às pessoas?
“Fala que não preciso necessariamente incorporar, posso escolher usar a minha mediunidade de outras formas. Revela que o meu dom verdadeiro é o conhecimento, é ensinar. Diz que floresço quando ensino”.
- Que dom de conhecimento você possui?
“É passar para os outros o meu conhecimento espiritual. Quando leio um livro diferente sobre espiritualidade, passo às pessoas, inclusive, empresto livros. Gosto de trocar conhecimentos espirituais com as pessoas.
Afirma, que quando ensino alguém sobre espiritualidade, sou um canal dos seres espirituais, pois nunca estou sozinha – sou intuída por eles para passar os conhecimentos espirituais.
Ele me pergunta se já percebi que leio exatamente o que preciso naquele momento. Afirma que tudo o que é colocado em meu caminho, pessoas ou lugares, nada é por acaso. Diz que quem acredita no acaso, ainda não despertou, não se conectou com a espiritualidade. (pausa).
Dr. Osvaldo, acho que vou incorporar o meu mentor espiritual... “Boa noite, Doutor!
Essa menina é muito racional. Ela deve aprender a confiar na intuição, pois tem uma conexão direta conosco, que torna fácil receber as informações que precisa do plano espiritual.
Por isso, ela pode escrever livros psicografados, mas não pode baixar o seu padrão vibratório, pois é uma “chama acesa na escuridão”. Se ela continuar com seus estudos espirituais, praticar a meditação, conforme já a orientei e as orações, vai poder ajudar muitas pessoas.
Essa menina pode auxiliar os necessitados – encarnados e desencarnados – sem precisar ir a um centro espírita, pois a ajudamos. Doutor, a religião é um mal necessário – ao mesmo tempo que ajuda, divide, muitas vezes, por conta da ortodoxia dogmática, rigidez de muitos religiosos.
Observamos muitos católicos, evangélicos, kardecistas, umbandistas, candomblecistas falando mal um do outro, achando que a sua religião é melhor que a do outro. Mas nos manifestamos em todas as religiões de acordo com as crenças de cada um.
Os evangélicos acham que a mediunidade, as manifestações espirituais, são “forças do diabo”, mas muitos pastores, padres, rabinos, são médiuns, possuem uma mediunidade aflorada e, por isso, eles nos intuem. Muitos não sabem disso; outros, até sabem, mas ignoram.
Enquanto existir a ilusão do ego da divisão, da separação, que muitos religiosos cultivam, isso os afasta da verdadeira essência divina, que existe em todos; por isso, tudo é Uno, nada está separado.
O próprio irmão (terapeuta) já foi julgado, sofreu, e, ainda sofre, perseguição por parte de muitos espíritas kardecistas que acreditam equivocadamente que essa terapia, a TRE, é uma terapia espírita porque lida com os seres espirituais e defende a tese da reencarnação.
Por isso, julgam o senhor dizendo que é um mercenário, questionam por que o senhor cobra as suas consultas?
Entendemos que a TRE não é uma terapia espírita e, sim, uma terapia espiritual, de cunho psicológico e espiritual. Continue divulgando o vosso trabalho, essa terapia, pois tem ajudado muito tanto os encarnados, quanto os desencarnados.
Os grandes eventos já estão programados em suas vidas. O resto pode sofrer influência dos seres espirituais obsessores, mentores espirituais e até mesmo a espiritualidade pode usar os encarnados como canais para mudar algo em vocês.
Quanto à menina, o que lhe foi revelado nessa terapia, já foi o suficiente por ora. Ela já se conscientizou do que precisa fazer. Agora, cabe-lhe colocar em prática as nossas orientações. Vai depender dela, suas ações, se deverá retornar ou não a essa terapia.
Muita luz e paz!
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